Governo quer introduzir despedimentos na Administração Pública
21-Jan-2013
FRENTE COMUM ALERTA
Ana Avoila, Coordenadora da Frente Comum, alertou hoje à saída de uma reunião com o Secretário de Estado da Administração Pública que o Governo pretende introduzir os despedimentos no sector. Numa intervenção para centenas de activistas sindicais que se concentraram durante toda a manhã no Terreiro do Paço, Ana Avoila afirmou que 2013 será um ano «muito difícil» para os trabalhadores e apelou à intensificação da luta em defesa dos direitos e dos salários, contra o avanço das políticas neoliberais, pela demissão imediata deste Governo.
Sobre a reunião, a Coordenadora da Frente Comum salientou que o Governo
se prepara para proceder durante este ano a uma sistematização da
legislação laboral na Administração Pública, numa linha claramente
virada para a retirada de direitos aos trabalhadores e enquadrada nas
medidas da troika e nas conclusões do relatório encomendado ao Fundo
Monetário Internacional (FMI).
A criação do subsídio de
desemprego para a Administração Pública denota desde logo a intenção de
abrir portas aos despedimentos no sector, prevendo ainda o Governo levar
a cabo medidas como a convergência dos regimes de protecção social, a
redução do pagamento na doença e mexidas nos regimes de saúde.
Por
outro lado, ao ter sido entregue aos sindicatos um estudo sobre a
organização do tempo de trabalho na Europa, fica clara a intenção
governamental de aumentar os horários de trabalho.
Vamos à luta
Este
será, segundo a Coordenadora da Frente Comum, um ano muito difícil para
os trabalhadores, não só pela ofensiva aos seus direitos mas também
pelo violento ataque que é hoje movido contra as funções sociais do
Estado, pelo que é fundamental a mobilização de todos, das famílias e
das populações.
Uma grande participação nas manifestações
convocadas pela CGTP-IN para 16 de Fevereiro é desde já a resposta que
se exige, mas a Frente Comum prepara ainda a realização de uma grande
jornada de luta na primeira quinzena de Março e exige a demissão
imediata deste Governo.